sexta-feira, 15 de abril de 2011

Youtube: linear, circular ou interativo?

Suponha que eu seja um usuário passivo, acesse o Youtube e, através de sua anunciada e duvidosa interatividade, assista a filmes à minha escolha, posteriormente me dedicando a outra atividade, como dormir.
Todos os vídeos apreciados já estavam no site. Sendo assim, cai por terra qualquer menção à interatividade. Eu apenas organizei a ordem de exibição, ponto. Teríamos então um ótimo exemplo de modelo linear de comunicação, sendo o Youtube emissor e eu o receptor, sem qualquer capacidade de reação ao vídeo apreciado. Correto? Errado. Primeiro, porque o Youtube é o meio condutor da mensagem, nunca podendo ser considerado emissor ou receptor. Para - de fato - existir, precisou hospedar um primeiro vídeo, possivelmente disponibilizado por seu desenvolvedor. Emissor seria então todo aquele que hospeda o vídeo no site. Consequentemente, receptor seria todo aquele que o assiste. Segundo, porque a passividade cabe exclusivamente a mim. Da mesma forma que posso assistir ao vídeo X, posso encerrar a utilização do meio condutor por aí, como também hospedar um vídeo Y relacionado ao apreciado ou um vídeo Z com uma temática totalmente distinta.
Optando pela 2ª ou 3ª opção, seria bem provável que outra pessoa assistisse a meu vídeo, me colocando no papel de emissor e tomando meu lugar de receptor. Sucessivamente, considerando os milhões de usuários conectados ao redor do globo, linear, circular e interatividade seriam pequenas peças dessa bola de neve, cabendo a você, se definir.
Texto escrito pelo aluno Gilson Galvão (ex-P1 - Publicidade IESP - diruno)

ESCOLHA?!

Escolha... nós como consumidores temos realmente esse poder em sua plenitude?  Às vezes sim, às vezes não. Claro que não devo nem posso generalizar, mas vejam só.
Ao analisar uma malharia a mais ou menos 15 anos no mercado e seu tipo de comunicação com os clientes,  observei que esses clientes tem uma certa liberdade de escolha entre cores e estampas, porém, fica limitado àquilo que é previamente escolhido para ele pela própria empresa(a seleção é feita pela diretoria).  Quando o produto que esse cliente quer está em falta na loja, pode-se fazer até uma encomenda, desde que seja em grande quantidade senão: É inviável! É inferior ao valor do frete! Blá blá blá! Daí, ou ele espera umas semanas e em alguns casos até correndo o risco de se prejudicar, ou se contenta com o que tem.
 Essa comunicação pode até ser um pouco interativa pra alguns, mas na minha opinião é muito mais circular pelo fato do direito de "livre escolha" estar sujeito em 80% ao controle do emissor dessa "conversa", nesse caso a empresa.
E aí? O que você acha?
Texto escrito pelo aluna Ana Paula Nóbrega (P1 - Publicidade IESP - noturno)

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Last Call: Quem vai morrer... é você que decide!

O canal de televisão 13th Street universal, da empresa NBCUniversal, canal especializado em filmes de terror e suspense criou um novo modelo de filme de horror interativo, “the last call”, original em alemão, o filme através de uma nova tecnologia de software, cadastra os números de celular das pessoas no cinema e em algumas cenas do filme a protagonista liga pra um dos números cadastrados, abrindo uma forma de canal direto com o telespectador, que através de reconhecimento de voz pode escolher entre opções que a personagem colocara durante o filme.
Esse novo conceito de comunicação entre o filme e quem esta o assistindo, utiliza-se do modelo interativo em um grau ainda pequeno, de forma em que cada telefonema pode alterar o final da trama, fazendo assim um filme diferente a cada sessão, mas que o nível de interação não é completo por não haver total autonomia do receptor em mudar da forma que desejar o filme, por serem dadas apenas duas opções de escolha por fala da personagem.
Mesmo com um modelo interativo com um mínimo de opões, a idéia é boa e provavelmente agrada aos possíveis consumidores, que se sentirão parte da cena, abrindo assim novas oportunidades para a evolução desse modelo no cinema, aumentando gradativamente o grau de interatividade através de novas tecnologias. O que muitos ainda considerariam um modelo linear ou circular, esta no caminho de se ter cada vez mais interação em suas cenas, assim quem mais ganha, somos nós, consumidores e admiradores da Sétima arte.                

Texto escrito pelo aluno Lucas Ramalho (P1 - Publicidade IESP - noturno)

AmoMuitoFazerNegócioPelaInternet.com.br

Amomuito.com é uma loja de acessórios, voltada para o universo feminino, o site tem todos os tipos de produtos: bolsas, óculos, cintos e outros. Por ser de fácil acesso para todos os clientes, cadastrando o email e a senha, é possível receber informações de novos produtos e promoções. Oferece também diversas formas de pagamento, oportunidades de devoluções, e o tão conhecido "Fale Conosco", aumentando assim, as formas de contato entre a empresa e o cliente.
O site aposta também no contato direto com o público por meio de redes sociais, como exemplo o Facebook, assim, clientes do Brasil inteiro podem comentar e postar nas suas páginas sobre seus acessórios prediletos, compras efetuadas e também fazer sua própria lista de presentes, o que facilita na hora de comprar um presente para alguém.
A marca, que só vende seus produtos pela internet, e que usufrui desse meio para fazer sua divulgação, através de blogs e mais recentemente do twitter, utiliza um modelo de comunicação circular, já que no próprio site, são disponibilizados depoimentos de consumidores, com os mais diversos tipos de opinião. A partir do momento em que o cliente comenta em seu twitter sobre a compra que fez, é possível saber detalhes não só da compra, mas também da competência da empresa no atendimento e também na entrega. Esse processo é o chamado “feedback”, normalmente, sites de compra abrem esse espaço para que as pessoas possam dizer se estão ou não satisfeitas, o que mostra a diferença de modelos lineares ou interativos, onde não há contato, ou o contato é mais interativo, respectivamente. Esse modelo permite que haja uma comunicação, de fato, pois o depoimento de cada cliente, é o que dá uma resposta positiva ou negativa sobre os serviços prestados da empresa. Ou seja, se algo estiver errado no atendimento, mesmo com a opinião do cliente, fica aberta a empresa, se deve ser alterar o serviço ou não.

Texto escrito pela aluna Una Correia (P1 - Publicidade IESP - diurno)

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Trabalhando para Nike: "Apenas faça", e... caladinho!

O modelo predominante de comunicação da Nike é o “circular”. Uma vez que ela como emissora envia ao receptor informações através de um canal estabelecido com o objetivo de receber um “feedback”, mas mantendo sempre o controle do processo que é característica principal desse modelo.
A empresa disponibiliza várias informações a determinada classe de usuários a serem atingidos através de canais pré-estabelecidos de modo que eles possam sempre lhe dar algum retorno (feedback).
Um exemplo bem explícito desse modelo de comunicação encontra-se no site da mesma. A empresa incorporou uma ferramenta em um dos seus vários segmentos aonde seus usuários têm a opção de programar seu próprio treino físico inspirado nos dos grandes craques de futebol patrocinados pela mesma.
À medida que seus usuários disponibilizam dados, a empresa está recebendo deles um retorno (feedback), do que foi planejado por meio de um canal e com base em um determinado público-alvo. Nesse momento o receptor passa a ser o emissor do processo, apenas com uma importante ressalva. Ele não possui a autonomia e nem o controle total, pois o emissor desse tipo de comunicação continua sendo o detentor de tais características.
O fluxo de tais informações tende apenas a favorecer o emissor. Pois conforme o exemplo acima citado a “Nike” de posse de todos os dados recebidos por parte dos usuários (receptores), pode estabelecer e determinar campanhas específicas para o público-alvo escolhido.

Texto escrito pelo aluno Adriano Gonçalves (P1 - Publicidade IESP - diruno)

Campanhas promocionais da Coca-cola e a circularidade na Comunicação

O modelo de comunicação circular ocorre quando um emissor transmite determinada mensagem para um receptor que ao recebê-la, envia uma nova mensagem ao emissor, denominada de Feedback. Neste modelo o emissor possui o controle total do processo, que exemplificaremos através de duas promoções realizadas pela Coca-Cola, empresa de refrigerantes mundialmente conhecida.
No ano de 2010, no período relativo ao dia das mães, a mesma iniciou a campanha promocional “Mãe você é essa Coca-Cola toda”, onde os sorteados receberam prêmios tais como: computadores, cursos profissionalizantes, além de um ano de Coca-Cola grátis. Durante a Copa do Mundo a Coca-Cola, através da promoção “A Bola do Jogo do Brasil é Sua” tornou possível aos consumidores concorrerem a bolas utilizadas pela seleção brasileira durante os jogos da Copa e também a bolas exclusivas Coca-Cola e Adidas. Para poder concorrer a promoções como estas, a Coca-Cola disponibilizou aos consumidores informações de como deveriam proceder, como por exemplo: adquirir produtos participantes da promoção, enviar os códigos encontrados na tampa dos mesmos via sms, ou então cadastrá-los no site, etc.
Ao instruir os clientes explicando-lhes de que forma devem agir durante o período promocional, a empresa mantém a promoção sob controle, enquadrando-se neste caso, no modelo de comunicação circular. De acordo com este modelo a empresa Coca-Cola assumiria o papel de emissor, as promoções seriam as mensagens enviadas para o receptor, neste caso o consumidor, que ao aderir à campanha promocional estaria dando um retorno para o emissor, conhecido como Feedback.No modelo de comunicação circular o receptor detém o controle da situação, tratando-se aqui das promoções realizadas pela Coca-Cola.

Texto escrito pela aluna Patrícia  Duarte (P1 - Publicidade IESP - diurno)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

FIAT MIO: Um carro para chamar de meu?

Em agosto de 2009, a montadora de carros FIAT resolveu lançar um projeto chamado ”FIAT MIO: Um carro para chamar de seu”, com o intuito de convidar pessoas que gostam de carros a pensar no futuro e criar um automóvel a partir de suas ideias e necessidades. Partindo do modelo de comunicação circular a empresa lançou um anuncio em seu site para atingir o seu target (público-alvo) com a intenção de que eles participassem, enviando suas ideias e necessidades para a criação de um carro conceito. O público atraído pelo projeto começou a participar via internet, enviando suas vontades e ideias.

Os engenheiros da montadora assumiram o compromisso de analisar, testar as ideias dos internautas e observar o que era viável a esse novo carro. Os participantes desse projeto também poderiam opinar sobre o andamento do projeto, ao invés de só darem as suas contribuições.

A grande atração desse projeto talvez seja a liberdade de expressão dada ao cliente, que gostaria de ter um carro do seu jeito, de acordo com as suas necessidades e que ainda tivesse suas vontades em parte aceitas pela montadora. O grande diferencial dessa empreitada é que ao invés da montadora recorrer às novas tecnologias existentes no mercado, ela deu preferência a ouvir os clientes consumidores. A partir destas ideias vindas através de um retorno do modelo de comunicação circular (feedback), os engenheiros da FIAT de desdobraram para tentar atender os desejos dos novos emissores deste processo que tem como característica marcante o controle estabelecido pela empresa responsável pelo projeto. Após 15 meses de espera este carro conceito foi lançado na Feira do Automóvel em São Paulo.

Interatividade e Rede Globo, agente vê por aqui?

A comunicação de massa vem sofrendo transformações desde sua criação, no Brasil destaca-se a REDE GLOBO DE TELEVISÃO, que hoje é internacionalmente reconhecida como uma das maiores do setor. Ela é pioneira no nosso país na busca de interatividade com o telespectador, afinal quem não se recorda ou já ouviu falar do famoso programa “Você decide” da década de 90, onde os telespectadores escolhiam o final da história por telefone, ou mesmo do “Intercine” e os reality shows onde os telespectadores também participam por telefone ou pela internet. Para eles isso é “interatividade” e afirmam que essa “interatividade” é extremamente significativa para ambos.
Para fortalecer essa imagem de conectividade e integração entre a REDE GLOBO e seus telespectadores eles declaram em seu jingle de forma dúbia “o povo escolheu a globo isso é globalização”, ora o processo de globalização é como sabemos uma forma de integração mundial, será essa a globalização entre a REDE GLOBO E SEUS TELESPECTADORES?, eles afirmam “a gente se vê por aqui”, será mesmo?.
Os processos de interatividade nas mídias em sua maioria, são limitados pela vontade de dominação de seus gestores, onde a interatividade é resumida as imposições do que eles pensam ser conveniente de participação popular, como no exemplo da REDE GLOBO DE TELEVISÃO, onde persiste o modelo chamado circular, envolvido numa película frágil que eles insistem em chamar de interatividade.
Texto escrito pelo aluno Juan Soares (P1 - Publicidade IESP - diruno)